*



*

Princípio da submissão

Não sou tua submissa porque Te amo.

Te amo porque sou tua submissa.


Amar Yasmine

*


Minha Alma

Eu amo minha alma despojada



Minha doce alma submissa



Minha alma que espera.. espera.. espera



Minha alma que espera quieta, subserviente e nua



Eu amo esta minha alma



Que de tão devassa e suja



Se torna pura



Amar Yasmine

*







17 de fev. de 2011

Um brinquedinho em tuas mãos



Queres que eu fale da minha alma

Do que está expresso no meu pranto

Eu que sou profundamente humana

Em minha infinita imperfeição

Sou tão frágil e insegura

Um brinquedinho em tuas mãos

Que chora, canta, ri e goza

Escrava do teu desejo, teu objeto e diversão

É no teu bem que repousa minha entrega

Em tua paz descansa minha carne

No teu gozo se apraz a minha dor

Na tua vontade habita minha submissão


DEXPEX_{Amar Yasmine}

9 de fev. de 2011

Desespero faz coisa...



Não sei se o texto abaixo é mesmo do Veríssimo, que aliás anda reclamando da quantidade de coisa que sai na Internet como se fosse dele, mas vale apena ler pelas verdades.


BIG BROTHER BRASIL
(Luiz Fernando Veríssimo)



Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. A décima primeira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.

Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos, na mesma casa, a casa dos "heróis", como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE.

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um "zoológico humano divertido". Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.

Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.

Eu gostaria de perguntar, se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?

São esses nossos exemplos de heróis?

Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros: profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados.

Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.

Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.

Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada, meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.

E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social: moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?

(Poderiam ser feitas mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.

Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa... ir ao cinema... estudar... ouvir boa música... cuidar das flores e jardins... telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... namorar... ou simplesmente dormir.

Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.

***

6 de fev. de 2011

Meu sonho no Vietnam





Quando era criança conheci o Vietnam através de algumas fotos e me apaixonei por sua beleza. O país é deslumbrante e Hanoi uma cidade repleta de mistérios e magia.







Declarada pela Unesco em 1993 como Patrimônio da Humanidade, a baía de Halong, próxima à cidade de Hanoi, possui cerca de 3 mil ilhas de calcário que se elevam das águas nos seus 120 kilômetros de costa, num território com cerca de 1.553 kilômetros quadrados.





É a mais conhecida baía do Vietnam. A maior parte das ilhas não está habitada nem é afetada pela presença humana. Sua beleza rara é complementada pelo interesse biológico que ali existe. As ilhas têm um número infinito de praias, grutas e cavernas.



Quando um dia tive acesso pela primeira vez à internet, pesquisei e descobri que, segundo uma lenda local, há muito tempo, quando os vietnamitas lutavam contra os invasores chineses provinientes do mar, o Imperador de Jade enviou uma família de Dragões Celestiais para ajudá-los a defender seu povo.



Contam os vietnamitas que estes dragões lapidavam as pedras de jade e com elas confeccionavam jóias e adereços. As jóias se transformaram nas ilhas da baía e uniram-se para formar uma grande muralha à frente dos invasores. Deste modo, conseguiram afundar os navios inimigos. Assim, formaram o país que é hoje conhecido como Vietnam. Ha Long significa "Descendente do Dragão".



As belezas física e arquitetônica do país me seduziram completamente. Por causa disso, eu acho, há muitos anos tenho um sonho recorrente que estou no Vietnam. No segundo andar de um sobrado, num quarto branco, despojado de tudo, onde há apenas uma cama de metal.

Há também uma mesinha en frente à cama e, apoiado nela, um velho ventilador de pás enferrujadas da época da segunda guerra mundial. É, aquele mesmo ventilador e aquele mesmo quarto que eu descrevi no meu post de 14 de agosto de 2010, que chamei de "Como eu sou".

Uma das paredes do quarto, para ser mais exata a que está à esquerda da cama, tem em toda a sua extensão janelas enormes. Elas são cobertas por persianas de madeira cor de mel, o que confere um aconchego desconcertante ao local.

Dentro do quarto o aroma é de flores muito adocicadas e o calor está forte e úmido. Ouço um barulho semelhante ao de abelhas numa colméia e me aproximo da janela para conferir. Com cuidado, abaixo uma das ripas da persiana e discretamente olho para que ninguém saiba que estou ali. Dentro do quarto é quase noite. Pela cor, lá fora é o início da tarde, no entanto. O sol está forte... mas, chove.

Dentro do próprio sonho, todos os elementos me fazem lembrar de quando era criança e saía cantando com meus amigos pelas ruas:

Sol com chuva, casamento de viúva
Chuva com sol, casamento de espanhol
...


Neste meu sonho absolutamente igual sempre, é tudo muito lindo, delicado e, sem saber porque, eu latejo forte.


DEXPEX_{Amar Yasmine}

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails